Coluna Direto ao Ponto

Sílvio tem medo de quê?

É claramente uma estratégia de fuga que, infelizmente, vem contando com o aval da Justiça Eleitoral.

Bolsonaro, Sílvio e Ciro, Sílvio e Joel Rodrigues / Foto: Reprodução

Bolsonaro, Sílvio e Ciro, Sílvio e Joel Rodrigues / Foto: Reprodução

14 de agosto de 2024 às 21:26
3 min de leitura

Mais recentemente a justiça eleitoral vem dando ganho de causa a ações movidas pelo partido Progressistas do Piauí, contra a divulgação de pesquisas que incluem em seus questionários as perguntas que vinculam os pré-candidatos a prefeito de Teresina a seus apoiadores, buscando assim, de forma legítima, identificar até que ponto um determinado apoiador ajuda ou atrapalha o respectivo apoiado. É claro que todas as pesquisas, de todos os institutos que já foram vítimas dessa decisão, também questionam o eleitor, nessas mesmas pesquisas, sem essas vinculações de apoio. É justamente o grau comparativo que permite o eleitor entender mais e melhor sobre os concorrentes e decidir se aprova, ou não, determinados apoios e companhias.

Fábio Novo, por exemplo, não hesita em expor os apoios que recebe. Ser apoiado pelo presidente Lula e pelo governador Rafael posiciona Fábio Novo. Mostra quem ele é e com quem ele se faz acompanhar. É claro que ao fazer essa exposição, ele sabe que estabelece uma linha divisória e, dessa forma, diz de que lado está. Silvio Mendes, clara e historicamente um político mais de direita, tem evitado, nesta campanha, apontar ao eleitor que tem o senador Ciro Nogueira e o ex-presidente Bolsonaro como seus apoiadores.


O mais estranho nisso tudo é que tanto Ciro Nogueira, quanto o próprio Silvio já assumiram essa união. O mesmo já aconteceu entre Silvio e Bolsonaro. Ambos já declararam apoios mútuos. Pra completar: o Progressistas, partido que entrou na justiça com a mais recente ação, é o partido de Ciro, que foi o principal ministro de Bolsonaro. E mais : o partido de Ciro - o Progressistas - está oficialmente coligado com o de Silvio, o União Brasil

Qual a razão, então, de o próprio partido de Ciro, o Progressistas, entrar com ações para impedir que pesquisas que o citam sejam divulgadas?
O que tanto temem?

O eleitor fica, nesse caso, privado de maiores informações sobre a real situação dos pré-candidatos e os institutos de pesquisas, considerados sérios, sem manchas em suas trajetórias, ficam colocados em posição desconfortável, ao tempo que têm seus resultados impedidos de divulgação.

Não é só incoerência.

Não é só contrassenso.

É claramente uma estratégia de fuga que, infelizmente, vem contando com o aval da Justiça Eleitoral.

Até quando?

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