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Governo de Rafael Fonteles rompe com o passado e reposiciona o Piauí perante o Brasil

Rafael Fonteles transformou os temas em fundamentos de seu governo. Um governo digital, como ele faz questão de dizer e repetir.

Rafael Fonteles - Foto: Divulgação/ Governo do Piauí

Rafael Fonteles - Foto: Divulgação/ Governo do Piauí

01 de maio de 2024 às 08:00
11 min de leitura

Um governo digital, um governante “influencer” e uma equipe sem trégua, seguindo os passos do líder.


Nos últimos anos, a comunicação governamental mudou totalmente. Assim podemos definir o governo de Rafael Fonteles. E tudo está apenas no começo.

Entre os princípios constitucionais da Administração Pública (artigo 37 da CF), a publicidade, que tem como objetivo dar transparência aos atos públicos, com raras exceções, passou de uma obrigação à uma grande vitrine. Com o advento das redes sociais, o vetor mudou completamente.

A hegemonia midiática, que era pilotada pelos meios de comunicação tradicionais, deu uma guinada e trouxe alterações que ainda estão em digestão pela sociedade. A maioria das pessoas não se deu conta que o panorama alterou e quem trabalha o marketing de conteúdo, que gera engajamento espontâneo, parte na frente na corrida da publicização dos atos governamentais.

No âmbito político, muito afeito às tradições, onde as mudanças acontecem morosamente, na maioria das vezes, foi um dos setores onde houve resistência aos novos tempos. Agora a realidade é outra. Estão concentrados em compensar o período em que deixaram suas redes às moscas. Alguns, sem assessoria de qualidade, estão metendo os pés pelas mãos e se atrapalhando sozinhos. E, claro, gerando prejuízos a si mesmos.

Desde a eleição do primeiro presidente preto dos EUA, Barack Obama (2008), a social media foi usada como principal ferramenta para distribuir o material de propaganda do candidato e impulsioná-lo junto ao eleitorado. No Brasil, a partir da reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff (2014), as redes sociais ganharam a importância que merecem.

Fake News - Imagem ilustrativa/ Pixabay

Entretanto, não foram os democratas que a usaram com mais intensidade. A ala conservadora conseguiu impulsionar suas mensagens, suas fake news, suas destruições de reputações, suas teorias da conspiração, suas narrativas esdrúxulas, usando impulsionamento com disparos em massa. A desconstrução da imagem dos concorrentes é trabalhada com profissionalismo, intensidade e continuidade. A pós-verdade tornou-se um fenômeno em meio ao turbilhão gerado pela disseminação de informações falsas.

Piauí na rede

No Piauí, vivemos um divisor de águas. O governador Rafael Fonteles, ainda em pré-campanha, adotou as redes sociais. Apropriou-se delas, fazendo uso de toda a diversidade de formatos e tipos de postagens. Não abrindo mão nem dos memes. E numa quantidade e intensidade nunca vistas antes. A performance vigorosa tornou-se um referencial no métier político.

Instagram do governador Rafael Fonteles - Foto: Reprodução

Terminou a campanha eleitoral e quando todos achavam que o fluxo de postagens ia diminuir, aconteceu o contrário. A potência das redes sociais do chefe do executivo piauiense cresceu. Anteriormente, os políticos usavam seus perfis com veemência apenas e exclusivamente no período da busca de votos. Com o fim do pleito, a maioria sumia. Alguns abandonavam suas contas e faziam outras na eleição seguinte. Era como se fosse descartável.

RF estabeleceu um novo paradigma para as redes sociais de políticos no Piauí. Para melhor, óbvio. Em sua linha do tempo no instagram, sua principal rede, no mínimo são duas publicações diárias. Nos stories, dependendo do dia, podem ser dezenas. Além de privilegiar os vídeos em vez dos cards, que dão muito mais engajamento, usa uma linguagem simples, direta e bem-humorada. Está claro que tudo é pensado, planejado e executado seguindo a cartilha das redes que dão certo.

Instagram do governador Rafael Fonteles - Foto: Reprodução

Política de governo

Quando foi anunciar a sua equipe, claro que tinha que ser por meio das redes. A atitude disse mais do que perceberam. Iniciava ali uma política que passou a ser implantada em todo o governo. Rafael não apenas usa seus perfis para publicidade dos atos públicos, ele também determinou que seus secretários façam o mesmo, com a mesma intensidade. Ficou perceptível que o governo digital chegava com toda a força.

Equipe do governador Rafael Fonteles nas redes sociais - Foto: Reprodução

Há uma busca bem intencionada por parte dos escalões do governo, com seus titulares, em seguir os mesmos passos do chefe, mas nem todos conseguem. Entretanto, no núcleo governamental, o alinhamento é visível. Os secretários das principais pastas, que são também ex-colegas dos tempos de IDB - Instituto Dom Barreto, trabalham em sinergia com a propositura de Fonteles.

Equipe do governador Rafael Fonteles nas redes sociais - Foto: Reprodução

O governador mudou a geolocalização da comunicação do governo. Agora as redações ficam de olho para as pautas que vêm do IG do governante. As matérias, informes e boletins oficiais continuam, porém, a notícia em primeira mão quem fornece é o dirigente do executivo. Com sua forma arrojada de governar, não falta motivação para fazer mais uma postagem que vai render muitos likes.

X (antigo Twitter) do governador Rafael Fonteles, rede social muito usada para divulgar atualizações de sua rotina, viagens e agenda oficial - Foto: Reprodução

Saindo do gabinete, em viagens pelo estado, nacionais e internacionais, RF tem sempre alguma novidade bem interessante que vai fazer sua timeline bombar. O governo com a mentalidade inovadora é prato cheio para as redes e seus seguidores. Podemos afirmar sem temor que o governador do Piauí encaixa-se no perfil do influencer.

Trazer e manter o Piauí na berlinda, um dos estados sempre alvo de preconceito, o “patinho feio” da federação, foi num click. Vários. A relevância que o estado vem alcançando está diretamente ligada ao fôlego extra que RF dá ao inflar suas redes com notícias positivas sobre a governança. O bom uso das redes sociais converteu-se numa política de governo que tem dado certo.

Transparência cristalina

O governo anterior, que não tinha uma política de comunicação empenhada nas redes, tentava fazer a publicidade com os meios tradicionais. Dessa forma, abria mão de uma enorme quantidade de cidadãos que não assistem TV. Não como prioridade. É uma audiência aleatória. Com as plataformas que fornecem entretenimento constante, uma parcela significativa da população se informa por meio do celular.

Para aqueles que passam horas sem piscar, com o celular na mão- Foto: Reprodução

Principalmente os jovens, que usam a tela para jogar, conversar, estudar e, claro, atualizar-se do que está acontecendo no mundo cada vez mais acelerado. Esta parte significativa da sociedade era negligenciada. O que dificultava o entedimento das ações e políticas de governo. Wellington Dias está em remissão à frente do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil. Sua equipe de comunicação tem agido intensamente na divulgação de suas ações, usando suas redes pessoais.

Instagram do ministro Wellington Dias - Foto: Reprodução

O ministro passou maus bocados em sua eleição para o Senado, em 2022. Foi uma disputa cabeça a cabeça com o adversário, que deixou muita gente assustada. Foi por pouco. Tem todo um contexto que precisa ser interpretado friamente para entender o que levou ao sobressalto, mas, as redes sociais certamente estão entre os principais pontos de análise.

No governo WD, não havia uma política específica de inovação, tecnologia e afins. Não da forma que Fonteles a usa. Ele transformou os temas em fundamentos de seu governo. Um governo digital, como ele faz questão de dizer e repetir. A prova maior é a criação de mais uma pasta de primeiro escalão. Vem aí a Secretaria de Inteligência Artificial e Economia Digital (a primeira do país), que chega para fomentar a transversalidade governamental e aperfeiçoar os processos entre as secretarias.

O Piauí vive a transformação como uma big data, que converge para si mesma e avança na velocidade de transmissão de um cabo ótico. Com a transparência obtida pelas redes, o governo RF é um pontinho fora da curva que arrasta a terra da Batalha do Jenipapo para uma revolução. O foco está em facilitar o atendimento, simplificar os acessos aos serviços e chegar mais perto da população antenada. Posicionar o Piauí entre os estados mais digitais do país é pouco. Está claro que o governador ambiciona situar o estado em lugar de destaque no mundo.

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