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Relembre como votaram os políticos do Piauí nos impeachments de Collor e Dilma

Dos cinco presidentes eleitos após a volta do voto direto, dois foram destituídos através de processos de impeachment.

Dilma e Collor: alvos de impeachment (Arte: Lupa1)

Dilma e Collor: alvos de impeachment (Arte: Lupa1)

14 de julho de 2024 às 16:50
5 min de leitura

Desde a volta do voto direto e o restabelecimento do regime democrático, o Brasil elegeu cinco presidentes da República. Venceram eleições Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Jair Messias Bolsonaro. Dos cinco eleitos, dois enfrentaram processos de impeachment e acabaram afastados do poder por meio de votações no parlamento brasileiro.

O primeiro deles foi Fernando Collor de Mello, em 1992, e o segundo foi Dilma Rousseff, em 2016. No lugar de Collor assumiu o vice Itamar Franco e no lugar de Dilma assumiu o vice Michel Temer.

Dilma e Collor: tirados do poder via impeachment

Nesta reportagem, o Lupa1 relembra aos leitores como votaram os parlamentares do estado do Piauí nos dois processos de impeachment que marcaram a democracia brasileira.

Impeachment de Collor

A abertura do impeachment do presidente Fernando Collor de Mello foi aprovada na Câmara dos Deputados por 441 votos favoráveis e apenas 38 contrários. Houve ainda 24 parlamentares que se ausentaram da histórica votação realizada no dia 29 de setembro de 1992 e transmitida ao vivo em rede nacional para todo o país.

Collor viria a renunciar ao mandato no dia 29 de dezembro daquele ano, horas antes do Senado iniciar a votação e concluir o processo de afastamento definitivo. A renúncia foi em vão.

Câmara aprovou impeachment de Collor em 29 de setembro de 1992 (Reprodução/TV Globo)

Da bancada do Piauí na Câmara, nove deputados votaram a favor da derrubada de Collor e apenas um, Mussa Demes (PFL), se ausentou.

Benedito Sá (PTR) - Sim
Ciro Nogueira Lima (PFL) - Sim
Felipe Mendes (PDS) - Sim
Jesus Tajra (PFL) - Sim
João Henrique (PMDB) - Sim
José Luiz Maia (PDS) - Sim
Murilo Rezende (PMDB) - Sim
Mussa Demes (PFL) - Falta
Paes Landim (PFL) - Sim
Paulo Silva (PSDB) - Sim

No Senado Federal

O impeachment do presidente Collor no Senado foi aprovado com 73 votos a favor e apenas 8 contrários. Dos senadores do Piauí, dois votaram a favor e um votou contra.

Álvaro Pacheco (PFL) - Sim
Chagas Rodrigues (PSDB) - Sim
Lucídio Portella (PDS) - Não

Álvaro Pacheco era suplente em exercício. Na ocasião, ele ocupava a vaga do senador Hugo Napoleão (PFL), que estava licenciado do mandato porque assumiu Ministério das Comunicações no governo Itamar Franco.

Impeachment de Dilma

O impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) teve sua admissibilidade aprovada na Câmara dos Deputados no dia 17 de abril de 2016. Foram 367 votos favoráveis (eram necessários 342) e 137 votos contrários. Houve ainda duas abstenções e duas ausências.

Câmara aprovou abertura do impeachment de Dilma em 17 de abril de 2016; voto que sacramentou foi do então deputado Bruno Araújo, do PSDB de Pernambuco (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Da bancada federal do Piauí, cinco deputados votaram contra o impeachment e cinco a favor.

Átila Lira (PSB) - Sim
Assis Carvalho (PT) - Não
Fábio Abreu (PTB) - Não
Heráclito Fortes (PSB) - Sim
Iracema Portella (PP) - Sim
Júlio César (PSD) - Sim
Marcelo Castro (PMDB) - Não
Paes Landim (PTB) - Não
Rejane Dias (PT) - Não
Rodrigo Martins (PSB) - Sim

Dos 10 piauienses que participaram da votação do impeachment de Dilma, apenas dois exercem mandatos atualmente no Congresso: Júlio César (PSD) e Marcelo Castro (MDB).

No Senado Federal

O impeachment da presidente Dilma foi aprovado no Senado por 61 votos a 20, no dia 31 de agosto de 2016. Dois senadores do Piauí votaram contra e um votou a favor da destituição da petista.

Ciro Nogueira (PP) - Sim
Regina Sousa (PT) - Não
Elmano Férrer (PTB) - Não

Curiosidade

Apenas um político piauiense participou das votações nos dois impeachments: o deputado federal Paes Landim, que exerceu oito mandatos consecutivos na Câmara. Átila Lira também já era deputado na época do impeachment de Collor, mas estava licenciado porque assumiu o cargo de secretário de Educação do Piauí no governo Freitas Neto. O suplente Felipe Mendes foi quem participou da votação.

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