Polícia

"Que ele fique atrás das grades", diz delegado sobre executor de policial

Marcelo Soares foi brutalmente assassinado durante uma operação no estado do Maranhão, nessa terça-feira (03).

Delegado Luccy Keiko - Foto: Reprodução

Delegado Luccy Keiko - Foto: Reprodução

04 de setembro de 2024 às 16:16
4 min de leitura

Bastante abalado, o delegado-geral da Polícia Civil, Luccy Keiko, lamentou em entrevista a TV Lupa1 a morte do policial Marcelo Soares, brutalmente assassinado durante uma operação no estado do Maranhão, nessa terça-feira (03). O delegado afirmou que recebeu a notícia pelo secretário de Segurança Chico Lucas.

Policial Marcelo Soares da Costa do Draco - Foto: Reprodução

“Pela manhã cedo, foi o próprio secretário que me ligou, pouco mais de seis horas da manhã. Ele tomou conhecimento primeiro do que eu. E aí a gente fica em choque. Tomamos cuidado logo de ir falar com a família do Marcelo para que não tomasse conhecimento de outra forma, por outros meios. E aí a situação muito triste na casa dele, a mulher dele chorando bastante, aquela agonia, né? Tem uma filhinha de quatro anos”, disse Luccy Keiko.

O delegado afirmou ainda que vai cuidar para que Bruno Arcanjo, responsável pelo homicídio, permaneça por muito tempo atrás das grades. Logo após o crime, Bruno usou a esposa e o próprio filho como escudo para se defender da abordagem policial.

“Vamos cuidar para que ele permaneça muito tempo atrás das grades, acompanhar o inquérito policial instalado lá pelo homicídio e depois acompanhar o processo criminal. Inclusive colocando aí um advogado como assistente de acusação para que a gente acompanhe passo a passo o processo. E aqui também esse indivíduo vai responder pelos crimes que ele cometeu e a justiça criminal tem que ser implacável contra um indivíduo desse”, ressaltou o delegado da PC-PI.

Saúde mental

Segundo Luccy Keiko, é necessário cuidar da saúde mental dos policiais da corporação, já que todos eles ficaram abalados com a trágica notícia da morte do companheiro de profissão.

“Você observa que não foi só a Polícia Civil que sentiu. Acho que a sociedade piauiense sentiu esse crime covarde, né? E cuidar muito da família do Marcelo, que realmente esses precisam de uma atenção especial e nós não podemos descuidar deles em nenhum momento”, afirmou.

Treinamento

Questionado sobre o treinamento dos policiais em casos como esse, o delegado explicou que toda a equipe passa por treinamento constante.

“Inclusive o próprio Marcelo era um expert nessa área, são fatalidades que você não tem como explicar. Ele estava lá de colete, preparado, mas o indivíduo disparou lá de dentro da residência, passou lá por um local improvável e o tiro veio pegar justamente no local onde o colete não protege, na axila. Então, assim, é algo que não tem como explicar. Então, é lógico, sempre nós temos treinamentos constantes de entrada tática e ele era um dos instrutores, para você ter uma ideia. Mas lógico que a gente pensa em tudo, pô, será que poderia ter sido evitado e tal, mas não tem como explicar. Na verdade o culpado ia ser esse indivíduo, esse bandido, esse verme que cometeu esse crime”, finalizou.

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