Saúde

Homem é internado em Teresina com suspeita de raiva humana

Paciente, de 56 anos, estava na zona rural do município de Piripiri, quando foi atacado por um macaco conhecido popularmente no estado como “sagui”.

Natan Portella - Fonte: Google Maps

Natan Portella - Fonte: Google Maps

14 de agosto de 2024 às 14:54
3 min de leitura

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) informou que está investigando um caso de encefalite, possivelmente ocasionada pelo vírus da raiva. O paciente, de 56 anos, estava na zona rural do município de Piripiri, quando foi atacado, no dia 15 de julho, por um macaco conhecido popularmente no estado como “sagui”.

Segundo a Coordenação de Epidemiologia da Sesapi, a vítima não procurou atendimento médico de imediato e, no dia 6 de agosto, começou a sentir os sintomas, mas só procurou o Hospital Regional Chagas Rodrigues, no dia 12, com vômito, aumento da saliva, e episódios de desmaio. Ainda no dia 12, o paciente foi transferido para Teresina, onde se encontra internado no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella.

“Amostras do paciente foram colhidas e enviadas ao Laboratório Central do Piauí (Lacen) que encaminhou o material ao Instituto Pasteur, em São Paulo, laboratório de referência para exames de raiva, conforme protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde”, diz trecho da nota da Sesapi.

Também sob orientações do Ministério da Saúde, a Sesapi acionou a Secretaria de Saúde do município de Piripiri para que seja feito um levantamento da cobertura vacinal de cães e gatos da região, embora o caso em questão envolva um macaco. A Sesapi orientou ainda a saúde local a investigar, junto à família, as circunstâncias em que o incidente aconteceu, bem como orientar sobre a doença.

Sobre a doença

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.

A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais. O período de incubação é variável entre as espécies, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças. O período de incubação está relacionado à localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou tipo de contato com a saliva do animal infectado; da proximidade da porta de entrada com o cérebro e troncos nervosos; concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral.

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