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Silas Freire critica falta de estratégia do PSDB e anuncia voto em Tonny Kerley no primeiro turno

O jornalista disse que a legenda erra ao lançar a candidatura de Jorge Lopes e perder a oportunidade de levar o pleito para o segundo turno.

Jornalista SIlas Freire

Jornalista SIlas Freire

03 de julho de 2024 às 08:44
4 min de leitura

A desistência de João Vicente Claudino na disputa pela prefeitura de Teresina continua rendendo no cenário político. Em visita à Brasília, o jornalista Silas Freire conversou com a nossa equipe e deixou claro a sua decepção com a divisão do partido e com a escolha de Jorge Lopes para substituir JVC.

Segundo o apresentador, o nome escolhido por João Vicente Claudino para ocupar seu lugar na disputa seria o dele, porém, sem citar nomes, ele declarou que Lopes teria utilizado de influências, em Brasília, para benefício próprio.

‘’O Jorge não conseguiria uma audiência com o Perillo nunca. Acho que teve, sim, influência de gente de Brasília, mas eu não estou nem podendo mexer com ninguém porque eu estou pedindo a eles que votem nos ex-atletas, mas teve influência sim”, disse, se referindo ao projeto que trata de uma ajuda financeira a ex-atletas, defendido por ele.

Ainda sobre o PSDB, Silas disse que o caminho agora é que o partido retire a candidatura de Jorge Lopes e declare apoio à pré-candidatura de Silvio Mendes (União Brasil) ainda no primeiro turno.

“Eu acho que vai terminar o PSDB indo apoiar o Silvio no primeiro turno, o que eu acho um erro grave. Eu acho que deveria ter deixado o João Vicente, ou eu mesmo, ser candidato para gente provocar um segundo turno. Não estou aqui com falsa modéstia, porque no segundo turno, aquela avalanche do Karnak não estaria em campo.”

Silas ainda disse que está disponível e que, se até o próximo dia 10, o PSDB quiser, ele ainda pode ser candidato e, caso isso não aconteça, ele deve se desfiliar da legenda. Ele também revelou que JVC ficou magoado com o partido por não ter sido o escolhido como presidente do diretório estadual.

“O João Vicente se desfiliou, então magoaram o ‘cara’. Ele não foi apoiar a candidatura do Jorge Lopes. Então, com todo respeito ao Jorge, ele foi do PSDB, foi candidato a vereador apoiado na época do Wall Ferraz com apoio do João Vicente, não se elegeu; a deputado estadual em 98, não se elegeu. O partido precisava de uma coisa mais forte.”

Após essas declarações, Silas declarou em quem deve votar no segundo turno:

“Eu não vou votar no Jorge. Acho que ele não é candidato, acho que vão apoiar o Edson Melo que é altamente sábio e que está levando o PSDB para os braços do Silvio Mendes. Eu vou votar no Tonny Kerley (Novo), vou votar com a minha consciência. Eu sou liberal de direita. Se tiver um segundo turno, eu tomo meu rumo”, disse.

Opinião da coluna

Não é mistério para quem acompanha os bastidores de Brasília, que o senador Ciro Nogueira (Progressistas) tem uma grande influência nas relações com vários partidos, entre eles, o PSDB. Em 2015, Ciro chegou a dizer que gostaria que Marconi Perillo, atual presidente da legenda, fosse candidato a presidência em 2018, o que deixou o político envaidecido. Não é preciso ir muito longe para imaginar que o progressista seria o nome com maior influência para que o PSDB seguisse ao lado do pré-candidato Silvio Mendes. Porém, SIlas Freire optou por não citar nomes.

Além disso, o partido conta com uma presidência estadual que pouco se posiciona e parece andar na contramão dos seus correligionários. Como diz o próprio Silas Freire: Existe o PSDB de um lado e o Luciano Nunes do outro.

E toca o barco.

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