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WILLIAN TITO: Douglas Machado entrevista Arimatan Martins na Expo 130 Anos do Theatro 4 de Setembro

O mago da encenação estava em noite inspirada, despejando as pérolas de seu repertório e fazendo a plateia rir muito.

Douglas Machado entrevista Arimatan Martins na Expo 130 Anos do Theatro 4 de Setembro

Douglas Machado entrevista Arimatan Martins na Expo 130 Anos do Theatro 4 de Setembro

10 de maio de 2024 às 16:57
25 min de leitura

O Teresina Shopping reinaugurou o seu Espaço Cultural, lugar onde é aberta a oportunidade de encontros fabulosos entre os artistas e produtores com os consumidores da Cultura. Funcionando há pouco mais de 1 ano, antes no piso superior, desceu e está localizado em frente a agência do Banco do Brasil, com área bem maior e facilitando a acessibilidade por estar no térreo.

Para retomar, uma exposição fotográfica, de figurinos e objetos de cena para iluminar o Theatro 4 de Setembro, que este ano completa 130 anos. O apanhado traz momentos de cerca de 50 anos até montagem recente, como “O Caso do Vestido”, do Grupo Capenga, de menos de 10 anos atrás. Um recorte bem significativo do fazer teatral de alto nível dramatúrgico, qualidade técnica aprimorada e indiscutível.

Alguns, precipitadamente, entenderam que a exposição faria um enfoque de maior amplitude, abarcando um recorte histórico do total de tempo de existência da casa de espetáculos. Houve quem chegou a usar as mídias sociais para fazer protestos contra a curadoria, que supostamente teria favorecido uns em detrimento de outros. Não é verdade.

Mesmo que fosse, seria um direito. Considerando que é um evento particular, que estabeleceu com clareza o seu recorte específico, o responsável pode gerar critérios personalizados de seleção daquilo que melhor lhe aprouver. O Grupo Claudino, o Armazém Paraíba e o Teresina Shopping têm um grande serviço prestado à Cultura e já financiaram muitos bens culturais, de forma que estão investidos da autoridade de quem não apenas promove, mas impulsiona pecuniariamente o segmento há muitos anos.

Ademais, os que não se viram pelas paredes repletas de cópias fotográficas gigantes, lindas, também têm o direito de reclamar, assim como têm a obrigação de respeitar quem investiu mais de R$ 10 mil só na impressão das fotografias. Para isso, apenas imagens de alta resolução. A maioria dos grupos não têm a organização que o Harém tem nem preserva a sua memória com o mesmo cuidado. Outrossim, como dizia a extraordinária Maria da Inglaterra: “A inveja ainda mata um diabo.”

Cena e cinema

O Cineasta Douglas Machado, que vem fazendo um belíssimo trabalho de reconhecimento de artistas e obras relevantes, tem dado uma contribuição por demais significativa para trazer à tona o que é de fato digno de aplauso, com olhar acurado e criterioso. Muita gente produz bens culturais, mas nem todos conseguem chegar a um patamar de relevância estética que mereça tamanha deferência. São conquistas materializadas com muito suor, talento, dedicação e competência.

A exposição abriu no domingo passado, 5. Na quarta-feira teve um novo episódio no início da noite. Quando o ator, diretor (e mais um monte de outras habilidades artísticas), Arimatan de Sousa Martins, esteve em bate-papo muito prestigiado pela categoria, especialmente do Grupo Harém. Uma plateia distinta, atenta e participativa, com muitos que vivenciaram grande parte dos fatos.

Logo no início, Douglas esclareceu que os próximos encontros de bate-papo previstos para acontecer nos dias 15 e 22, serão duplas de entrevistados. No caso do Ari, ele esteve sozinho porque tem muita habilidade com a palavra. O cineasta brincou que até ele seria engolido pela conhecida verve do diretor teatral. De forma que seria terrível se pusesse outro artista para um debate onde o Ari estivesse. Faz sentido. E tem mais uma coisa, ele vale por muitos. Embora seja único.

O encontro entre a cena e o cinema é complementar. Eles se encaixam porque possuem mecânica e métodos semelhantes usados para contar histórias. Às vezes até partilham os mesmos elementos na composição da poesia do movimento, do enredo. Só muda a forma. As linguagens afins bebem na mesma fonte. O tablado milenar e a telona secular são irmãs, filhas da mesma mãe, a arte. E quando é realmente arte, trabalham em harmonia.

As mil e uma facetas do Ari

Ari e Douglas começaram o bate bola. O moviemaker serviu ao teatrólogo, que pegou a pelota e saiu driblando, fintando, pintando e bordando até fazer o gol. Vários. Cadenciando suas jogadas, despejando um repertório vasto, versando e prosando coloquialmente ou no suprassumo da erudição, citando as fontes que refletem tamanho tirocínio.

Falando sério e dando show de humor, simultaneamente. Rindo e fazendo rir de coisas sérias e até trágicas, com elegância e elevação. Sublimando e dando novos matizes, vindos de uma paleta cheia de nuances. O grande palco é a vida, que não cansa de dar mote para uma cena bem construída.

Ari é um esteta 24 horas por dia. Do nada pode sair uma tirada brilhante de espirituosidade de um assunto banal que esteja passando na tv, por exemplo. Ou uma campanha publicitária com um monte de peças sobre um assunto qualquer ou produto fictício inventado na hora. Ou um trocadilho impagável.

Um cérebro veloz, transbordando criatividade sem escolher a matéria-prima que vai passar pela alquimia aprimorada pelos anos de prática de transmutação. Quando quer canalizar suas leituras no tablado, na música, na poesia, na culinária, é garantia de entrega com toques de genialidade. Sempre pensando fora da caixinha, com uma batuta ou varinha de condão(?) na mão esquerda.

Profundo conhecedor da história, da palavra, da poesia, da literatura, do cinema, da música (popular ou erudita), da pintura, da escultura, das linguagens, dos arquétipos, das estruturas, das belezuras e das fofuras. Pra rimar, mas é verdade. Também adora futebol. Quarta foi noite de clássico, com direito a gol de placa, com o craque inspirado, bailando, flanando e com a arquibancada lotada de torcedor apaixonado. Assumidos ou não.

As mil e uma noites do Harém

Não existe Harém sem Ari. Ele é o alicerce. Eles mixam-se. Fundado em 1985, quando o artista retornou do Rio, o grupo trabalha em função da capacidade do encenador de transformar um texto num produto muito bem acabado, que pode render fama, dinheiro e sucesso. Mas isso não é o suficiente para ele. O artista quer deixar seu timbre, sua mensagem afiançada por suas orientações ideológicas. Há uma envergadura espiritual que prevalece se o traço do mago da ribalta finalizar a obra.

Provocado por Machado para revelar o início, o diretor surpreendeu a todos quando disse que jamais imaginou que sua vida iria chegar onde chegou. Nascido em Floriano, fascinado pelo circo, pelo cinema, pelos dramas (que eram conduzidos somente por meninas), ele passou a criar e dirigir suas apresentações na rua de sua casa. Com cobrança de ingresso. Era lei: não entrava ninguém de graça.

A criança artista sonhadora abriu espaço ao jovem pragmático que aspirava ser médico. Veio morar em Teresina para estudar e preparar-se para o vestibular, mas acabou tendo um encontro quase místico com a vida missionária do teatro. Ao conhecer João das Neves, Oduvaldo Vianna Filho, Domingos de Oliveira (que também é do cinema) e Aderbal Freire Filho, em 1977, aconteceu a reviravolta patrocinada pelo destino. A medicina foi extirpada dos planos e o sacerdócio dos palcos foi implantado com sucesso.

Os grandes artistas se encontraram e mudaram os rumos e caminhos. Martins se mandou para o Rio de Janeiro no princípio dos anos 80 em busca de qualificação para lapidar o tesouro recém-descoberto, bancado pelo irmão, Aírton. Matriculou-se na CAL - Casa de Artes de Laranjeiras, desenvolvida por Yan Michalski. Aí começou a formação artística do mestre. Mas mestre que é mestre se forma sozinho. Ari é um autodidata que sente prazer em estudar, pesquisar, investigar, descobrir, mergulhando de cabeça naquilo que lhe apetece. Sua sanha em aprender não cessa.

Depois do retorno à capital piauiense e iniciar sua trajetória de diretor, o jovem que sonhava ser médico, preparou-se para ser ator, tornou-se o profissional que constrói cenas e conta histórias com originalidade, dialogando com seus signos nordestinos, do sertão, da aridez, do econômico e do essencial. Límpido e transparente.

De seres humanos evoluídos nas agruras. Forjados nos desafios das lonjuras, da puaca nas alpercatas, da pele bronzeada pelo sol inclemente e do sorriso que vence tudo. O personagem social é bancado pela resistência, resiliência e tenacidade adquiridas na adversidade. Deste caldeirão podem ter saído as montagens mais emblemáticas do grupo e do teatro contemporâneo piauiense.

“Raimunda Pinto, sim senhor!”, de 1992, a tragicomédia do campomaiorense Francisco Pereira da Silva, é o maior sucesso do grupo Harém e do teatro piauiense. Até que chegue quem supere em número de apresentações, das mais de 50 premiações e de outros recordes. Com seus sensacionais tamboretes, a saga da cearense de lábio leporino que queria ser enfermeira arrastou milhares de pessoas ao teatro em centenas de cidades aqui e no Brasil afora.

A partir da encenação, o estado pulsou no radar dos fazedores de teatro, marcando seu lugar no universo da encenação. Raimunda é a pedra filosofal do feiticeiro dos palcos, que eternizou o ator Francisco Pelé na pele da personagem fantástica. Raimunda escreveu vigorosamente seu nome com lugar de destaque na história da arte do Piauí. Tive a honra de participar da apresentação comemorativa dos 10 anos da peça, interpretando umas falas do personagem playboy, originalmente composto por Mariano Gomes.

“O Auto do Lampião no Além”, de 1996, a farsa de José Gomes Campos (nascido em Regeneração no Dia do Piauí, em 1925 - ano que vem faz 100) é o grande divisor de águas do teatro profissional mafrense. Montada com rigor de qualidade em todos os seus componentes da cena, foi um desbunde de curta existência que marcou quem viu. Um espetáculo inesquecível. De encher os olhos. Plástico.

Poucos dias após a estreia no Theatro 4 de Setembro, embarcou seu talos de coco num ônibus e foi arrebanhar 6 prêmios no IX Festival Nacional de Teatro de São Mateus, no Espírito Santo, credenciando-se ao Festival Brasileiro de Teatro, em Erechim, no Rio Grande do Sul. Ainda participou do festival Isnard Azevedo, em Florianópolis, Santa Catarina. Sempre marcando seu espaço no pódio.

O Piauí, que não ganhava prêmio técnico antes do “Lampião”, passou a levar todos. Mudou de status. Ao invés de se inscrever em festivais, era contratado para abrí-los e convidado a fazer apresentações especiais. Maneco Quinderé e Assaí Campelo (luz), Bizza Viana (figurinos, cenários e adereços), Lenora Lobo (corpo e coreografias) compunham o time de gigantes. O elenco também fez a sua parte. A peça recebeu o prêmio Mérito Lusófono, concedido pelo governo português em disputa de montagens na língua de Camões nos quatro cantos do mundo. A premiação, 10 mil dólares, foi entregue em noite de gala no Club dos Diários.

A peça fascinante provocou uma ruptura, lançando o Piauí a um escalão de montagens profissionais. Quando disputou de igual para igual com espetáculos do sul maravilha. Uma concorrência salutar, da capacidade de edificar uma obra bela, técnica e comprometida artisticamente. É uma referência ao alto índice de composição que uma encenação é capaz, preservando sua poesia.

Fiz parte do elenco. Ingressei na montagem sem alimentar expectativa. Estava lá para qualquer coisa. Mas não pensava em compor o Lampião. De forma inimaginável, imprevisível, as coisas no teatro acontecem e nos deixam estupefatos. Há menos de um mês da estreia, recebi o personagem. Tive que emagrecer a toque de caixa. Perdi mais de 10 quilos. Cheguei como aspirante e estreei entre os protagonistas porque o destino adora pregar uma peça.

No próximo dia 28 de maio, o Centro de Letras e Artes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, por meio do Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas, vai avaliar a defesa de dissertação de mestrado intitulada “Auto do Lampião no Harém”. O ator e diretor Vitorino Rodrigues vai se posgraduar e deixar uma bela contribuição à posteridade.

“A Casa de Bernarda Alba”, de 2009, a dramagédia do espanhol Federico García Lorca, espetáculo que não vi, mas é sempre reverenciado como destaque pelo elenco e sua interpretação. O único texto de Lorca para teatro em prosa traz a tensão para o centro da encenação, com momentos extremos de sentimentos reprimidos regurgitados que acabam da pior forma.

O encontro de Ari e Lorca é biscoito fino da tecitura cênica na ponte d´além mar, é o que ouço de quem entende do riscado. As montagens são muitas e cada um tem suas preferências, mas as três citadas representam a arte harênica com o primor da assinatura do seu comandante artístico. Reúnem a aptidão, concentram a essência, revelam seu brilhantismo.

As mil e umas tiradas do Ari

Uma criatura que não descansa em seu entusiasmo permanente. Algo fulgurante pode surgir de uma conexão inesperada e num átimo salta da boca com jocosidade. Ninguém escapa. Nem ele mesmo. Sendo alvo de suas próprias piadas. Durante a fala do mestre, selecionei trechos e momentos que configuram o Ari fantástico.

“O teatro resolveu todos os meus conflitos”. Forte. Muito forte. A afirmativa aprofunda o valor que a arte da cena tem para o homem de teatro. Há um compasso de fluência entre quem fala e quem faz. É orgânica a relação de um com o outro. Não podendo ser estabelecido o limite. Não se sabe onde começa e nem termina o teatro e o teatrólogo.

“Às vezes errar no teatro é acerto”, a frase ilustra momento em que o artista discorria sobre a dificuldade que é o exercício teatral. Tão volátil, tão imprevisível como a plateia vai reagir, porque isso é fundamental - o teatro é feito para as pessoas. Soluções de palco que supomos que vai render uma gaitada pode ganhar a solene apatia da audiência. Ou um aplauso em cena aberta, sem timing, sem marcação que sugerisse apupos. Ou a pena impiedosa da crítica. Até quem sabe muito demonstra sua limitação diante da grandeza e dos mistérios da linguagem que envolve a ribalta.

“O Piauí salvou o Zé Celso”, referindo-se ao período em que acolheu o vulto José Celso Martinez Corrêa, falecido em julho do ano passado. Segundo o diretor, o encenador de “O Rei da Vela” (1967), de Oswald de Andrade, estava em crise. Convidou-o para vir ao Piauí, em 1987. Ele passou uma temporada espairecendo. Zé dizia que “Se alguma coisa importante sair do Brasil, tem que ser do Piauí”. O antropofágico bebeu o que Baco amassou, fortaleceu e retornou a São Paulo para estrear outros sucessos, como “As Bacantes”, de Eurípedes. Obra magistral de sua trajetória dourada.

“A história do teatro brasileiro é colonizada”, dando aula sobre de como se decantou nossa realidade na cena, Ari expôs que imitamos muito antes de conseguir fundamentar a escrita cênica tupiniquim. Quando os brancos europeus chegaram para se apossar de nossa terra, trouxeram uma arma poderosa quando usada para aculturação, o teatro. O padre José de Anchieta, um jesuíta espanhol, “amansou” muitos membros dos povos indígenas usando peça de cunho religioso. Só muito recente as montagens da terra brasilis ganharam a autenticidade da caligrafia cênica.

Questionado se o teatro está envelhecendo, Ari disse: “O teatro já nasceu velho”. O diretor defendeu que a linguagem, que deve ter pelo menos 6 mil anos, não precisa da geriatria para cuidar de si. Ao tempo em que é longevo, renova-se a cada leitura contemporânea. Falou ainda que a chegada das leis de incentivo mudou a realidade complicada que viviam. Cravou com a construção alegórica, “Fizemos muito sem nada. Continuamos fazendo com pouco. Podemos fazer muito mais com muito”.

“O processo é compreender o texto. Sem compreender, será um robô (o ator)”, respondendo a provocação de Aci Campelo para mostrar a diferença entre o encenador e o diretor de ator. Arimatan deu aula. Puxou do remoto teatro grego até os dias de hoje, apresentando o processo evolutivo das funções teatrais. Concluiu sentenciando: “Sou um diretor geral”, quando a condução de uma obra das artes cênicas tem um maestro que orienta, cria, cocria e organiza as peças que compõem o todo.

“Conseguimos botar Gomes Campos e Francisco Pereira no vestibular”, sobre uma proeza hercúlea. Falou com orgulho. Furou-se o bloqueio e abriu-se uma oportunidade à linguagem teatro adentrar nas escolas e ser conhecida pela juventude. Havia montagens das peças que iam cair no certame. Rito de passagem dos jovens para a fase adulta. O 4 de Setembro ficava apinhado de estudantes nos três pisos, em muitas sessões que movimentaram a economia da cultura do segmento. Uma fatia pequena, mas significativa quando sabemos que o acesso ao teatro de qualidade é libertador. No tempo que o Enem nem existia.

Roda de conversas generosas

Arimatan assume que a Tropicália é sua pedra de toque. Antropofágico, vai engolindo-se, deglutindo-se, ruminando-se. Devorado também é pelo próximo projeto que vai edificar mais uma montagem emblemática. Usando e misturando tudo o que consome. E também é consumido. Socialmente pactuado com a mensagem que não deixa passar incólume. Não adianta. Você será tocado. Em algum momento o encanto vai te envolver.

Questionei o mestre sobre ele ter desenvolvido um método para suas obras cênicas. Rememorei que fiz a mesma questão há mais de duas décadas. Naquela época, não admitia. Eu já percebia que ele organizara mentalmente um processo consciente. Um passo a passo que eu via semelhanças nas montagens, quando estava dentro ou fora, mas acompanhando os ensaios.

Hoje o encenador assente que seu método está estruturado, porém não pretende sistematizá-lo em livro. Forjado pela influência de muitas fontes e linguagens. Tudo pode servir para ver, ser visto, brilhar, ensinar, aprender a montar obras únicas. Consagrar o nome nesta arte tão desafiadora que é o teatro é para poucos. Obter o respeito de sua classe aqui e fora, também sinaliza que o diretor venceu fronteiras da aprovação no reino da categoria onde as críticas são severas, internamente. Muitas vezes cruéis.

Era 20h44 quando o diretor foi ovacionado, ao final. Durante, também foi algumas vezes. Seus rompantes de criatividade luminosa estavam soltos, premiando-nos com diversão de um nível sublime, com muitos risos e aplausos generosos. Douglas lembrou das próximas rodas de conversa, com Bid Lima e Lari Salles, em seguida: João Vasconcelos e Maneco Nascimento.

O autor de “Cipriano” teve a feliz ideia e realiza com galhardia seu propósito no Espaço Cultural. Com o apoio de sua parceira, Gardênia Cury, a equipe enxuta entrega conteúdo valoroso aos clientes do shopping. A arte e os artistas agradecem. Só acho que precisa cobrir em vídeo. Não precisa fazer filme de tudo, mas registrar os momentos magistrais. Quem sabe no futuro, no apanhado, haja um material de tamanha expressão que renda um longa ou uma série.

Que bom que tem o Douglas para nos linkar ao grande grupo empresarial. Melhor ainda que este grupo tenha como filtro um artista que retrata e trata tão bem nossa cultura. Produz e ainda dá suporte aos demais. Isso é de cinema. Gratidão também ao Fernando Oliveira e ao João Claudino Júnior, que sempre apostam nos projetos do cineasta. Ao fim, todos ganhamos. A arte e o mercado podem caminhar de mãos dadas. Uma simbiose que resulta em ganhos superlativos à comunidade.

Convite para a defesa da dissertação de mestrado - Foto: Reprodução
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